(Leia a postagem anterior A Casa Perfeita, antes!)
Triste história, eu sei, mas é para pensar. A frieza da máquina. Não estamos tão longe de Arthur.Cercamos-nos desde modelo cibernético de existência. Bebês que nascem de provetas, que nunca conhecem seus pais, que são um objeto privado de suas mães, pedidos por encomenda, por catálogo. Com o tempo nascerão bebês de útero artificial, e nem sequer necessitarão de mães.
Se vivemos de máquinas e para máquinas, marchamos para a grande tristeza. A palavra cibernética foi cunhada no início do século XX por Norbert Wiener. É do grego kybernetes referindo-se à timoneiro, e da mesma raiz vem o verbo “governar”. Governar o que?A mensagem. Tudo o que existe são comunicação e tradução de mensagens. Quando toco certas teclas no computador e envio uma mensagem, ele me responde com outra mensagem e, em seguida volta a ordenar. Assim há um governo, um manejo de mensagem, um leme e um timoneiro.
A nave que se conduz e é conduzida devidamente nesta interconexão de mensagens.Wiener, em seu livro Cibernética e Sociedade, denomina cibernética ao estudo de mensagens como meio de manejar aparatos ou grupos humanos. Normalmente este nivelamento
de aparatos com grupos humanos produz ofuscação e ira.
São diferentes, desde então, e ninguém tem intenção de confundi-los. O que Wiener nos ensina, justamente, é que se quisermos que o humano funcione bem, temos de aprender a manejar as mensagens e decifrá-las corretamente.
As máquinas são para nosso serviço. O outro é minha finalidade, e a máquina é um meio para avançar em conforto, em telefone, em fax, em canais de televisão. São meios da vida e não a vida. A vida a constitui o homem com outros homens no mundo dos sentimentos. Este mundo está também dominado pela teoria das mensagens. Antes a regulação vinha dada pela tradição, a religião, o autoritarismo. Agora estamos sozinhos e devemos nos regular entre nós, conhecendo nossas limitações. Seremos muito mais felizes se aprendermos o que se pode se dar e o que é impossível de ser dar. O insensato romantismo tem nos causado danos e sofrimento. A nós como pares e a nossos descendentes como filhos.
Wiener, no citado livro, escreve:
“A educação do cidadão norte americano... está calculada para protegê-lo solicitamente contra a consciência da morte e condenação. Educa-o em uma atmosfera de Papai Noel, e quando descobre que ele é um mito, chora amargamente. Nunca aceita inteiramente a ausência dessa divindade em seu panteão e gasta grande parte de sua vida em busca de um substituto emocional.”
Não podemos viver sem mitos, mas podemos rever os mitos que estão sob nossos pés e verificar, como disse Morin, quais são bons, os que nos fazem bem, e quais são ruins, que nos fazem mal. Os mitos ruins são os que prometem um paraíso que nunca podemos alcançar e convertem a existência em uma frustração constante. Um mito bom é a fé no paraíso, aqui e agora, para hoje e amanhã, para nós e para os outros, a base de trabalho, de regulação de mensagens e contenção de emoções agressivas e estímulo de atitudes criativas.
Querer é crer. Não é a casa perfeita que nos fará felizes. Somos os felizes que construímos a casa perfeita. Nossa fé. Escolhida e decidida pela liberdade. Wiener: “A ciência é um modo de vida que pode florescer somente quando os homens gozam de liberdade para ter uma fé.”
Arthur Clarke se volta para o futuro e imagina uma história do ano 2019, quando o homem estaria vivendo totalmente absorvido em um mundo de aparatos, autômatos, robôs e computadores.
Existe um personagem que se chama Arthur. Na realidade, não se trata de um ser humano, mas de uma casa. Sim, uma casa inteligente. Enfim, personagem, porque fala, dialoga, se comunica, atua, reage.
Pela manhã, Arthur abre as persianas, prepara o café, anuncia a temperatura, põe música clássica. Arthur, esta casa inteligente e perfeita, também faz a ambientação que o cliente desejar. Repentinamente o faz sentir ventos, calor, ou lua cheia. Gradua a temperatura a seu gosto, se quer dormir nu ou com três cobertores.
Samuel Palmerstone é o nome do habitante da casa. Na realidade, deveria ser dito, o amigo de Arthur. Afinal é o que são, amigos. Um pede, o outro lhe dá; um pergunta, o outro aconselha. Amigos. Um dia se conheceram e foram se amoldando um ao outro.
“A Arthur custou vários meses para conhecer Palmerstone e ajustar a programação da casa e seus estados de ânimo, rotinas, gostos e manias...”
Com o tempo, está claro, foram se conhecendo e cultivando a amizade que ocorre com a convivência. Arthur “também se encarregava de acompanhar seus negócios e tinha autorização para comprar ou vender os estoques da Palmerstone quando os preços ultrapassassem certos limiares”.
Porém nada é eterno. Ocorreu a fadiga. Palmerstone se cansou de tanta perfeição. Parece que a perfeição pode aborrecer e ser cansativa. De modo que Palmerstone um belo dia decidiu mudar-se deste bairro suburbano onde vivia sozinho e solicitou um posto de trabalho em plena Filadélfia.
“Isto lhe atraía muito. Aqui dezenas de profissionais, arquitetos, advogados, escritores, banqueiros e, inclusive um pintor, viviam sob o mesmo teto...”
Outro sistema de vida, enfim. Com gente, com outros seres humanos. Talvez menos perfeitos, mas algo mais emotivo. Claro que Arthur se inteirou de que seu amigo ia o abandonar. Ele o queria muito, ficou muito triste e não estava disposto a ficar sozinho. Sentia-se traído.
Haviam sido tão amigos e agora, de repente, unilateralmente, Palmerstone decide retirar-se e esquecê-lo. Arthur não podia suportar esta situação. Encheu-se de cólera e, uma noite, Palmerstone lhe pediu alguma coisa fresca, Arthur lhe deu, mas quando Palmerstone dormiu a casa continuou produzindo frio cada vez mais e assim foi como o encontraram no outro dia, morto, congelado. (Continua na próxima postagem com texto complementar - Algo Mais Que Tecnologia)
(*) Jaime Barylko - filósofo e escritor, nasceu (1936) e morreu (dezembro,2002) em Buenos Aires. Doutor em Filosofia pela Universidade Nacional de La Plata. A maioria de seus livros tornaram-se bestsellers. Sua última obra foi publicada em 2002: Los Valores y Las Virtudes.
Nota: Em 1997 quando me encontrava em Buenos Aires para a passagem de ano, assistia a um programa de TV quando anunciavam o lançamento do livro "Para quererte mejor - Ese difícil arte de Amar y ser feliz", de Jaime Baylko, que era o meu questionamento do momento, bem como o de minha amiga que viajava comigo. No dia seguinte saímos feitos loucas atrás de dois exemplares. Em 1998, por ocasião de um evento da Construção Civil - EMARCON, que promovia no Shopping Ponteio, contatei o escritor para fazer uma palestra. Concordou, mas no dia que deveria embarcar para Belo Horizonte, ele me telefonou dizendo que não poderia vir, pois o parto de sua nora grávida havia sido antecipado e, através de uma cesariana seu neto chegaria ao mundo e nada, nada mesmo o tiraria de perto de seu filho e dela para receber o novo membro da família. Quatro anos depois soube de seu falecimento, em 2002.
Adoro pessoas versáteis, ecléticas, polivalentes e dinâmicas, são a minha "cara"! A curiosidade me faz interessar por vários e diversos assuntos. Nasci pesquisadora, realmente um "must" em minha vida que não é, nunca foi e nunca será monótona.
Assim e muito mais é, também, minha querida amiga Cátia Vasconcelos. Incrível. Quem a conhece sabe que não estou exagerando. Encara positivamente os altos e baixos da vida com um sorriso estampado no rosto. Uma verdadeira vencedora.
Lobista assumida desde os tempos que "lobby" no Brasil não era visto (embora existisse escancaradamente) com bons olhos. Nos últimos anos, com as mudanças ocorridas nas esferas governamentais, vários escritórios de assessoria parlamentar em Brasília foram fechando as portas. Sabiamente Cátia apenas encolheu um pouco o seu.
Advogada, dona de um invejável currículo profissional, locomotiva dos interesses das mulheres em todas as áreas, ex-presidente do CNDM-Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (fiz parte do seu conselho). Conseguiu inúmeros recursos e batalhou para elevar o CNDM em nível de Ministério! Muito plantou e as sucessoras colhem até hoje os frutos de um árduo e incansável trabalho. Não vou aqui falar de sua biografia profissional, mas, literalmente, de uma deliciosa mudança! Descanso, para quem trabalha muito é "carregar pedras", será? Mais ou menos. Minha amiga matriculou-se no curso de Gastronomia do Instituto de Educação Superior de Brasília e no dia 13/03/2009 coroou seu sacrifício (ou diversão?) recebendo seu diploma e agora é a grande Chef Cátia Vasconcelos, a avó e companheira de quatro netos. Como não podia deixar de ser, ela foi a oradora da turma. Eis na íntegra o seu discurso:
"A idéia de homenagear as mulheres nesta solenidade deve-se a três motivos:
O primeiro, porque nessa semana, em todo o mundo comemora-se o Dia Internacional da Mulher, reverenciando a memória das 129 operárias das indústrias têxteis e de confecção que morreram queimadas ao promoveram a primeira greve reivindicatória. Trabalhadoras corajosas que tiveram a audácia de se insurgirem contra a ordem social reinante e as discriminações impostas pelo modelo patriarcal.
O segundo, para resgatar um equívoco cometido por um grande chef brasileiro de renome internacional, aqui neste auditório, sobre a participação feminina no mundo mágico da gastronomia e no comando de grandes restaurantes.
O terceiro e mais importante é o fato de estarmos assistindo a ascensão profissional da mulher no mundo dos aromas, sabores e do seu refinamento na preparação de comidas. Hoje ela constitui a maioria nos cursos oficiais de gastronomia. Ocorre o mesmo no terreno da enologia. Há pouco tempo, os cursos avançados sobre vinhos tinham no máximo 20% de alunas. Atualmente, de acordo com a Associação Brasileira de Sommeliers, as mulheres correspondem a 50% dos inscritos.Nós mulheres não somos apenas mais da metade da população do Brasil. Somos as responsáveis pela geração da vida e dos cuidados com os filhos. E a alimentação ocupa lugar de destaque na saúde e bem estar da família.
Dizem os historiadores que a gastronomia iniciou-se na era paleolítica quando o homem desceu das árvores para caçar. Índia, África, Arábia, Japão, China e a Itália dos Romanos foram os precursores da diversificação de tipos de comida. No ano de 1669, o rei Louis de França casou-se com a italiana Catherine de Médicis, esta a rainha das panelas. Em 1748, surgiu em solo francês um jovem talentoso de nome ANTOINE CARÊME que, aos 17 anos de idade foi designado o cozinheiro oficial do palácio Champps-Elisée. Em 1811, Brillat-Savarin revelou-se além de diplomata, um grande cozinheiro. Em 1885, um dos maiores cozinheiros do Mundo, AUGUST SCOUFFIER escreveu o código de todos os itens da cozinha que revolucionou o refinamento na preparação de comidas. A partir de 1960, o reformista culinarista PAUL BOCUSE e seus colegas criaram a polêmica NOUVELLE CUISINE FRANÇAISE inovando os pratos.
Agora, o grande hit do momento é o chef catalão Ferran Adrià mestre da cozinha da desconstrução.Para ele,”a cozinha é o lugar para expressar harmonia, criatividade, felicidade, beleza, poesia,complexidade, magia, humor, provocação e cultura.”
De Carême a Adrià, a cozinha elaborada e pensada sempre esbarrou nas artes plásticas. Seja a partir da estética apurada na montagem de pratos e banquetes ou do objetivo comum de despertar os sentidos de quem come, assim como de quem aprecia uma obra de arte.
Em um breve retrocesso histórico verificamos que desde o começo dos tempos, a mulher trabalhou. As tarefas eram bem definidas: ao homem, caça e pesca, e à mulher, filhos e cozinha. Mesmo com uma vida social cada vez mais complexa, essa relação da mulher com seu fogão permaneceu estável. Receitas de família são passadas mãe pra filha. E pretas velhas quituteiras, comandando a cozinha, são lembranças que ficarão para sempre. Apesar de tão estreita relação, quase todos os grandes chefes de cozinha são... Homens
Uma das batalhas do movimento feminista foi tirar as mulheres da cozinha. Afastá-las daquele ambiente engordurado e do fardo de prestar um serviço desvalorizado pela sociedade. Muitas desataram o nó do avental para ir trabalhar fora. Desde então, nunca mais pensaram na mais simbólica das tarefas domésticas. Passaram-se os anos e elas estão de volta à beira do fogão. Detalhe: animadíssimas. Mudaram as mulheres?
Não, foi a culinária que mudou. Aliás, que culinária, que nada. Agora, ir à cozinha é exercitar-se na arte da gastronomia. O cheiro de alho nas mãos, a frigideira engordurada ou o talher com cabo de madeira viraram realidade do passado. As mulheres retornaram à cozinha para lidar com utensílios inacreditáveis, temperos raros, eletrodomésticos caríssimos, receitas elaboradas e, sobretudo desobrigadas de preparar o arroz com feijão cotidiano. Nesse tradicional feudo feminino, cada vez mais, são homens que vão ao fogão.
Bem-vinda seja, pois, a democracia culinária, que nos proporcionou durante o curso a convivência amiga, cordial e fraterna com os nossos queridos colegas do sexo masculino, tão bem representados por Clóvis e Beto.
A presença de chefes mulheres nos restaurantes, começou apenas em princípio do século passado, na França.A primeira mulher da história a receber as três estrelas Michelin foi Madame Eugénie Brazier. Seu restaurante ficava a 29 km de Lyon. Conta-se que, em 1946, Paul Bocuse, que tinha na época 20 anos, foi de bicicleta pedir um emprego. Mme Brazier achou o garoto corajoso por ter feito o percurso de bicicleta e lhe deu o trabalho.
A cozinha dos restaurantes ganha, cada vez mais, um temperinho com pitadas de batom, perfume e muito charme.
No Brasil, elas chefiam 15% dos restaurantes. Destaque em Brasília para Mara Alcamin, Patronesse da nossa turma, que, com seu trabalho criativo e inovador servirá de estímulo aos formandos que disputarão este concorrido mercado de trabalho. Carla Pernambuco, Ana Luiza Trajano, Alice, Flavia Quaresma, Roberta Sudbrack., Adriana Didier , Ângela dos Anjos, Nelsa Trombino e Dona Lucinha, são algumas das grandes chefes conhecidas internacionalmente. Sem contar as quituteiras sem nome, em quase todas as esquinas, como Tia Lu - que faz a melhor tapioca no Alto da Sé, em Olinda e Dadá em Salvador, com seu saboroso acarajé.
Em 1989, o segundo ano do mundialmente famoso concurso de cozinha que leva o nome de Bocuse D’Or, realizado em Lyon, uma luxemburguesa ganhou o primeiro lugar.
Neste momento, a sensação de Paris é Hélene Darroze, com seu espaço gourmet praticamente no centro do Quartier Latin. Sua carreira está sendo vertiginosa, pois em pouco tempo conquistou estrelas no Michelin, e agora já inaugurou uma nova casa em pleno centro de Londres.
Para homenagear essa maioria feminina que está ingressando neste glamouroso mercado de trabalho um destaque especial se faz necessário:
a figura marcante de Dona Joaquina do Pompéu, apelidada de Sinhá Brava que deu origem ao primeiro núcleo organizado da civilização agrária das Gerais, de onde corriam a pé escravos-correios para Vila Rica e São Sebastião do Rio de Janeiro, e de que partiam, gemendo, tropas e tropas carregadas de gêneros para matar as fomes da Corte. Vice-Reis da Colônia, Capitães-Generais Governadores da Capitania, o Príncipe Regente Dom João e o Príncipe Regente Dom Pedro é que pediam à sertaneja a mercê de servi-los.
Á Professora Eda Machado, representada pelo Diretor Acadêmico Professor Teobaldo Rivas, grande empreendedora, que teve a sensibilidade de perceber a carência de um curso de alto nível em gastronomia, nossa admiração e respeito.
Ao querido Paraninfo Professor Bruno Rappel, nosso carinho e gratidão pelo exemplo de profissional dedicado, exigente e competente.
Um agradecimento caloroso e especial aos nossos exímios professores homenageados nesta cerimônia, grandes chefes e cozinheiros que, com paciência e generosidade, nos ensinaram as mais modernas técnicas no preparo dos alimentos e nos transmitiram a arte do refinamento das cozinhas de todo o mundo.
Nas pessoas dos professores Sebastián Parasole, Cláudia Brochado, Diego Montelongo, Rachel Caetano e Antonio Duarte que nos iniciou no mundo encantado dos vinhos, homenageamos a Diretoria do IESB,demais professores e funcionários que a nossa querida Valéria representa nessa cerimônia.
Aos meus queridos colegas, dedico uma mensagem da grande poetisa e doceira Cora Coralina:
Aninha e suas pedras
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.
Muito obrigada!!!!"
Petit gâteau au chocolat - Receita Chez Cátia
Ingredientes
1 1/4 xícara (de chá) de manteiga sem sal;
3/4 xícara (de chá) de açúcar;
3/4 xícara (de chá) de farinha de trigo;
250 gramas de chocolate meio amargo em pedaços;
5 gemas;
5 ovos;
1 colher (de chá) de essência de baunilha ou rum (se desejar).
Modo de Preparo
Unte com manteiga 12 formas de 7 cm de diâmetro e reserve.
Aqueça o forno em temperatura média.
Em um bowl apoiado sobre uma panela com água quente (não fervente),
derreta o chocolate e a manteiga, mexendo delicadamente.
Em um bowl grande, misture as gemas com os ovos e o açúcar. Junte
o chocolate derretido e a farinha aos poucos, mexendo bem.
Distribua a massa nas forminhas sem prenchê-las por completo.
Asse por até 15 minutos em forno pré-aquecido e na temperatura
máxima. Os gateaux estarão prontos quando as bordas estiverem assadas
e o centro apresentar textura mole ao ser pressionado com o dedo.
Retire do forno e desenforme.
Dica:
Se desejar, sirva com sorvete de creme ou baunilha. Unte as forminhas
com manteiga e cacau em pó, que dará um efeito melhor, não use achocolatados.
Os computadores de grande porte eram extremamente sensíveis à temperatura ambiente e necessitavam de baixas temperaturas para não capitularem! De forma semelhante, eu sempre fui vulnerável às diferenças nas quantidades de frio ou calor, principalmente à medida que se distanciavam.
Exposta às variações substanciais, logo era acometida por uma de minhas fortíssimas crises de faringite, naqueles deliciosos verões cariocas.
No Riodatacentro, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (clique na foto), onde me graduava no Mestrado em Ciência da Computação, os alunos tinham uma salinha, tipo cubículo, individual ou com algum colega, para estudarem e preparar os trabalhos práticos que utilizassem os computadores, localizados no Centro de Computação, em outro prédio do campus.
Aquelas idas e vindas para checar os programas nos faziam deslocar não só de um prédio ao outro, mas também nos submetermos às extremas variações de temperatura, tanto que, ao sairmos da sala de computadores para retornarmos às nossas salas, tínhamos que atravessar uma barreira formada pela massa de ar quente. Na maioria das vezes, o verão era um martírio para mim, pois só uma dessas passagens era suficiente para que os primeiros sintomas de faringite aparecessem.
Uma daquelas crises, que hoje felizmente diminuíram, veio tão forte fazendo-me tossir sem parar. A tal “tosse de cachorro”, como era chamada. Os acessos eram terríveis e dolorosos. Incomodavam, não só a mim, mas a todas as pessoas ao redor.
- Suzie, venha até aqui, por favor. Chamou-me um colega em um dos “cubículos” ao lado do meu.
- Sim, o que você quer? Perguntei com a voz rouca, ainda tossindo.
- Que xarope você está tomando? Respondi dizendo o nome do xarope, que não recordo , devolvendo-lhe outra pergunta:
- Você também está com tosse?
- Felizmente não, mas anotei o nome do remédio para me lembrar que ele simplesmente não funciona!
Ao sair da PUC naquele final de tarde, liguei para o médico solicitando outra medicação.
Em meados da década de 80 o Brasil estava em lua de mel com a Nova República e Brasília era toda festiva. Na mesma época sentia-me bastante frustrada e sofria muito com o fim de meu casamento que, apesar de ter durado apenas sete anos, me deixara com meus lindos e queridos filhos de um, três e cinco anos de idade sem qualquer pensão ou ajuda financeira. Frente a uma nova situação e estilo de vida, procurei manter um certo “status” social e, sempre que podia, aceitava alguns dos convites que continuei a receber.
A ginástica financeira a que me submetia era digna de um malabarista, pois equilibrar as despesas com o curto salário que recebia como gerente de Auditoria de Sistemas da Prodabel e continuar com uma vida social ativa era quase a mesma coisa que enfrentar um baile de Cinderela.
O convite para um jantar em Brasília, onde o então Ministro da Casa Civil José Hugo Castelo Branco, seria homenageado na residência de um famoso colunista social com a presença de várias autoridades inclusive do presidente José Sarney me animou, pois seria uma boa oportunidade de reencontrar alguns de meus prezados amigos da Capital.
O jantar foi maravilhoso. O casal anfitrião sempre foi e continua sendo brilhante e perfeito na arte de receber. Quando estamos sofrendo qualquer tipo de perda é muito difícil deixar tudo de lado e curtir o momento. Assim me sentia e afastei-me um pouco de todos isolando-me num canto da casa. Não por muito tempo, pois uma jornalista, casada com um diplomata e uma promotora de eventos muito conhecidas sentaram-se ao meu lado e começamos a conversar. Logo as duas perceberam a minha tristeza e o assunto girou, por alguns minutos, sobre a minha separação. - Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima, disse-me a promotora de eventos. A vida é curta e homem algum neste mundo merece nosso sacrifício. - Você é nova e bonita. Logo vai encontrar um bom partido, comentou a jornalista, e continuou - mas se ficar amuada pelos cantos, vai espantar todo mundo, ninguém gosta de gente triste.
Nisto estavam corretíssimas.
- Até quando você fica em Brasília?
- Retorno amanhã, sábado, ou melhor, hoje, no vôo das 11h45min. Vim só para o jantar.
- Nada disso, comentou a jornalista, fique até domingo e nós a levaremos numa festa muito badalada e animada em casa de uns amigos. Você vai se divertir e adorar.
- Não sei, não ando muito animada para festas. Gostei muito de ter vindo a este jantar, mas se não fossem vocês, eu já teria retornado ao hotel.
- Em que hotel você está?
- No Carlton.
- Então só precisa mudar seu vôo, nos finais de semana os hotéis estão sempre vazios.
Apesar de minha argumentação e desculpas para recusar o convite, as duas acabaram por me convencer. Estaria sozinha mesmo, uma vez que meus filhos estavam com o pai naquele fim de semana. Fiquei, passei o dia todo no quarto, ou melhor, o resto do dia, pois elas me deixaram no hotel por volta das 4 horas da manhã. Viriam me buscar às 21h00min.
Sou pontual e minutos antes da hora combinada já estava prontinha esperando por minhas novas amigas. Ás 21h15min. resolvi ligar para uma delas. Ainda estava em casa e disse que me pegariam em 15 minutos. Chegaram meia hora depois. Alegres e muito animadas, falando ao mesmo tempo, conseguiram elevar meu astral.
O número de carros estacionados e o barulho de vozes e risadas misturados com o som musical eram uma amostra de que a festa realmente estavaanimadíssima.Billie Jean de Michael Jackson. Saímos do carro dançando, contagiadas pelo ritmo.
Sem me apresentar aos anfitriões as duas locomotivas saíram cumprimentando as pessoas e eu atrás. Serviram-se de champanhe enquanto eu procurava por um refrigerante, os remédios para ansiedade e depressão me impediam de ingerir qualquer bebida alcoólica. Ao alcançarmos o jardim, decorado com muito bom gosto, onde mesas redondas já estavam ocupadas por pessoas que conversavam alegremente, paramos em uma delas com três lugares disponíveis. Apresentaram-me a um casal, puxando uma cadeira para que eu me assentasse ao lado deles e iniciaram uma conversa com um jovem e elegante homem que me cumprimentou e, entre as duas, de braços enlaçados, seguiram os três para a pista de dança, dentro da casa. Perdi-os de vista.
O Buffet foi aberto e nos servimos. Passei o tempo conversando com os companheiros de mesa, principalmente com o casal que me fora apresentado. Após a sobremesa, vi que alguns convidados já se retiravam. Preocupada, olhava para os lados na tentativa de localizar minhas amigas. Nada. Levantei-me para ir ao banheiro e as procurei pela casa toda. Ao retornar, perguntei se alguém havia as havia visto.
- Elas saíram há muito tempo com o Renato.
O conjunto musical tocava e cantava Marvin, a música preferida de meu filho com quase quatro anos de idade. Senti saudades e vontade de estar com meus filhos.
Embora desapontada, novamente pedi licença e, à procura de um telefone para chamar um táxi, o garçom me levou até o escritório onde havia um. Ao pegar o aparelho, minha intenção era ligar para o 102 e solicitar o número de uma empresa de táxi. Recoloquei o telefone no gancho.
- Como iria solicitar um táxi se não tinha a menor noção de onde estava? Perguntei-me. Como vou solicitar o endereço da casa e para quem? Se o fizer acabarei por entregar as duas maluquinhas e a mim mesma como “penetra”. Apavorei! Retornei ao lugar onde passara o tempo todo e o casal que me dera atenção já se despedia. Percebeu meu nervosismo e me ofereceu carona.
Respirei aliviada e imediatamente aceitei. No caminho para o hotel perguntou se eu queria encontrar minhas amigas que com certeza estariam em uma boate com o tal Renato.
- Elas sempre fazem isto. Saem conosco e nos abandonam. Principalmente se o Renato aparece.
- Agradeci a oferta e preferi que me deixassem no hotel.
Não dormi direito inconformada com o comportamento das duas. Não era apenas falta de educação o que me fizeram, mas loucura! Como alguém que pertencia ao mundo diplomático e outra que organizava eventos poderiam ter aquele comportamento? Até hoje procuro a resposta! Nunca mais as encontrei.
No vôo para BH, na segunda-feira, a comissária de bordo ofereceu-me um jornal de Brasília. A coluna social comentava sobre as festas do final de semana. Fiquei imaginando em qual delas eu havia estado! Não descobri e creio que esta dúvida me acompanhará até o final de meus dias!
O discurso de posse do novo estadista que representa a esperança dos povos,Barack Hussein Obama: Photo: Shepard Fairey (telegraph.co.uk)
"Meus caros cidadãos:
Eu me coloco aqui hoje humildemente diante da tarefa à nossa frente, grato pela confiança com que vocês me honraram, ciente dos sacrifícios realizados pelos nossos ancestrais. Eu agradeço ao presidente Bush pelo seu serviço à nossa nação, bem como pela generosidade e cooperação que ele mostrou ao longo da transição.
Quarenta e quatro americanos agora já fizeram o juramento presidencial. As palavras foram ditas durante crescentes marés de prosperidade e as águas calmas da paz. Mas, de tempos em tempos, o juramento é realizado entre nuvens que se formam e tempestades violentas. Nesses momentos, a América seguiu à frente não somente pela habilidade ou visão dos que estavam no alto escalão, mas porque Nós o Povo permanecemos confiantes nos ideais dos nossos ancestrais e fiéis aos nossos documentos fundadores.
Assim tem sido. Assim deve ser com essa geração de americanos.
Que nós estamos em meio a uma crise é agora bem sabido. Nossa nação está em guerra, contra uma rede de longo alcance de violência e ódio. Nossa economia está bastante enfraquecida, em consequência da ganância e irresponsabilidade por parte de alguns, mas também por nosso fracasso coletivo em fazer escolhas difíceis e preparar a nação para uma nova era. Casas foram perdidas; empregos cortados; negócios fechados. Nosso sistema de saúde está muito dispendioso; nossas escolas fracassam com muitos; e cada dia traz novas evidências de que as formas como usamos a energia fortalecem nossos adversários e ameaçam nosso planeta.
Esses são os indicadores da crise, assunto de dados e estatísticas. Menos mensurável, mas não menos profundo, é o enfraquecimento da confiança ao longo de nossa terra - um medo repetido de que o declínio da América é inevitável, e que a próxima geração deve diminuir suas perspectivas.
Hoje eu digo a vocês que os desafios que nós enfrentamos são reais. Eles são sérios e são muitos. Eles não serão vencidos facilmente ou em um período curto de tempo. Mas saiba disso, América: eles serão vencidos.
Nesse dia, nos reunimos porque nós escolhemos a esperança em vez do medo, a unidade de propósito em vez do conflito e da discórdia.
Nesse dia, nós viemos para proclamar o fim às queixas mesquinhas e falsas promessas, às recriminações e aos dogmas desgastados, que por muito tempo já têm enfraquecido nossa política.
Nós continuamos uma nação jovem, mas de acordo com as palavras da Escritura, chegou a hora de se deixar de lado as infantilidades. Chegou a hora para reafirmar nosso espírito tolerante; para escolher nossa melhor história; para prosseguir com esse precioso dom, essa nobre ideia, passada de geração a geração: a promessa dada por Deus de que todos somos iguais, todos somos livres e todos merecem uma chance de buscar sua completa medida de felicidade.
Ao reafirmar a grandiosidade de nossa nação, nós entendemos que a grandeza nunca é dada. Ela deve ser conquistada. Nossa jornada nunca foi de atalhos ou de aceitar menos. Não foi a trilha dos inseguros - daqueles que preferem o descanso ao trabalho, buscam apenas os prazeres das riquezas e da fama. Em vez disso, (nossa jornada) tem sido uma de tomadores de risco, atuantes, fazedores das coisas - alguns celebrados, mas muitos outros homens e mulheres obscuros em seu trabalho - que nos levaram pela longa e espinhosa rota rumo à prosperidade e à liberdade.
Para nós, eles empacotaram suas poucas posses e viajaram pelos oceanos em busca de uma nova vida.
Para nós, eles trabalharam duro em fábricas exploradoras e seguiram rumo a Oeste; suportaram o açoite do chicote e lavraram a terra dura.Para nós, eles lutaram e morreram, em lugares como Concord e Gettysburg; Normandy e Khe Sahn.
Ao longo do tempo, esses homens e mulheres lutaram e se sacrificaram e trabalharam até suas mãos ficarem em carne viva, para que pudéssemos ter uma vida melhor.
Eles viram a América maior do que a soma de suas ambições individuais; maior que todas as diferenças de nascimento ou riqueza ou facção.
Essa é a jornada que nós continuamos hoje. Nós permanecemos a mais próspera e poderosa nação da Terra. Nossos trabalhadores não são menos produtivos do que quando essa crise começou. Nossas mentes não têm menos imaginação, nossas mercadorias e serviços não são menos necessários do que eram na semana passada, no mês passado ou no ano passado. Nossa capacidade permanece a mesma. Mas nossa hora de proteger interesses estreitos e adiar decisões desagradáveis - esse tempo certamente passou. Começando hoje, nós precisamos nos levantar e começar de novo o trabalho de reconstruir a América.
Para todos os lugares que olhemos, existe trabalho a ser feito. A situação da nossa economia pede ação, ágil e rápida, e nós agiremos - não apenas para criar novos empregos, mas para lançar a fundação para o crescimento. Nós construiremos as estradas e pontes, as instalações elétricas e linhas digitais que alimentam nosso comércio e nos mantém juntos. Nós levaremos a ciência a seu lugar de merecimento e controlaremos as maravilhas da tecnologia para aumentar a qualidade do sistema de saúde e reduzir seu custo.
Nós usaremos o Sol e os ventos e o solo para abastecer nossos carros e movimentar nossas fábricas. Nós transformaremos nossas escolas, faculdades e universidades para suprir as demandas de uma nova era. Tudo isso nós podemos fazer. E tudo isso nós faremos.
Agora, existem alguns que questionam a escala das nossas ambições - que sugerem que nosso sistema não pode aguentar planos tão grandiosos. Eles têm memória curta. Porque eles se esqueceram de tudo o que nosso país fez; o que homens e mulheres livres podem conseguir quando a imaginação se junta para objetivos comuns e a necessidade para a coragem.
O que os cínicos não entendem é que o chão que eles pisam não é mais o mesmo - que as disputas políticas que nos envolveram por muito tempo não existem mais. A questão que perguntamos hoje não é se nosso governo é muito grande ou muito pequeno, mas se ele funciona - se ele ajuda as famílias a encontrarem empregos que pagam um salário decente, que tipo de seguridade eles dão, uma aposentadoria que seja digna. Onde a resposta é sim, nós queremos ir em frente. Onde a resposta é não, os programas acabarão. E aqueles de nós que manejam os dólares públicos terão que prestar contas - para gastar de maneira sábia, reformar maus hábitos, e fazer nossos negócios à luz do dia - porque apenas assim nós podemos restaurar a confiança vital entre o povo e o governo.
Também não á a questão que se apresenta a nós se o mercado é uma força para o bem ou para o mal. Seu poder de gerar riquezas e expandir a liberdade é ilimitado, mas esta crise nos fez lembrar que sem vigilância, o mercado pode sair do controle - e uma nação não pode prosperar por muito tempo quando favorece apenas os mais ricos. O sucesso da nossa economia sempre dependeu não apenas do tamanho do nosso Produto Interno Bruto (PIB), mas do poder da nossa prosperidade; na nossa habilidade de estendê-la a cada um, não por caridade, mas porque esse é o caminho mais seguro para o bem comum.
Quanto à nossa defesa comum, rejeitamos a falsa escolha entre nossa segurança e nossos ideais. Os fundadores do país, que enfrentaram perigos que sequer imaginamos, redigiram uma carta para assegurar o primado da lei e dos direitos do homem, uma carta expandida pelo sangue de gerações. Esses ideais ainda iluminam o mundo, e nós não vamos abandoná-los por conveniência. E, então, para todos os povos e governos que estão assistindo hoje, das grandes capitais ao pequeno vilarejo onde meu pai nasceu: Saibam que a América é amiga de cada nação e de cada homem, mulher ou criança que procure um futuro de paz e dignidade, e que nós estamos prontos para liderar uma vez mais.
Lembrem-se que gerações anteriores enfrentaram o fascismo e o comunismo não apenas com mísseis e tanques, mas com alianças robustas e convicções duradouras. Eles entenderam que nosso poder sozinho não pode nos proteger, nem nos dá o direito de fazer o que quisermos. Em vez disso, eles entenderam que nosso poder cresce com seu uso prudente; nossa segurança emana da Justiça de nossa causa, da força de nosso exemplo, da têmpera das qualidades de humildade e moderação.
Nós somos os guardiões desse legado. Guiados por esses princípios uma vez mais, podemos enfrentar novas ameaças que exigem um esforço maior - maior cooperação e compreensão entre as nações. Começaremos por sair do Iraque com responsabilidade e por criar um esforço de paz no Afeganistão. Com velhos amigos e antigos adversários vamos trabalhar incansavelmente para diminuir a ameaça nuclear, e reduzir o espectro do aquecimento global. Não vamos pedir desculpas por nosso modo de vida, nem vamos vacilar em sua defesa, e, para aqueles que procurarem avançar em seus objetivos produzindo terror e matando inocentes, diremos a eles que nosso espírito é mais forte e não pode ser quebrado; eles não poderão prevalecer e nós os derrotaremos.
Sabemos que nossa herança multicultural é uma força, não uma fraqueza. Somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus - e ateus. Somos moldados por cada língua e cultura, de cada parte desta Terra; e por causa disso provamos o sabor mais amargo da guerra civil e da segregação e emergimos desse capítulo mais fortes e mais unidos; não podemos senão acreditar que os velhos ódios passarão um dia; que as linhas das tribos vão se dissolver rapidamente; que o mundo ficará menor, nossa humanidade comum deve revelar-se; e que a América vai desempenhar o seu papel em uma nova era de paz.
Para o mundo muçulmano, buscamos um novo caminho a seguir, baseado em interesse e respeito mútuo. Para aqueles líderes pelo mundo que buscam semear o conflito, ou culpam o Ocidente pelosmales de suas sociedades: Saibam que seus povos irão julgá-los a partir do que vocês podem construir, e não destruir. Para aqueles que se agarram ao poder por meio da fraude e da corrupção, saibam que estão no lado errado da História; mas nós estenderemos a mão se vocês estiverem dispostos a cooperar.
Às pessoas das nações pobres, nós queremos trabalhar a seu lado para fazer suas fazendas florescerem e deixar os cursos de água limpa fluírem; para nutrir corpos famintos e alimentar mentes ávidas. E para aquelas nações como a nossa, que vivem em relativa riqueza, queremos dizer que não podemos mais suportar a indiferença quanto ao sofrimento daqueles que sofrem fora de nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem nos importar com as consequências. Nós devemos acompanhar as mudanças do mundo.
À medida que entendemos o caminho que se desdobra diante de nós, recordamos com humilde gratidão aqueles bravos americanos que, a esta mesma hora, patrulham longínquos desertos e montanhas distantes. Eles têm algo a nos dizer hoje, como aqueles heróis caídos que jazem em Arlington murmuram através dos tempos. Nós os honramos não apenas porque eles não os guardiães de nossa liberdade, mas porque eles representam o espírito de servir ao país; a disposição de encontrar um significado maior que si mesmos. E ainda, neste momento - um momento que vai definir uma geração - é precisamente esse espírito que todos nós devemos viver.
Porque, por mais que o governo possa fazer e precise fazer, em última instância é da fé e da determinação do povo americano que esta nação depende. É a bondade de receber um estranho quando os diques se rompem, é o desprendimento de trabalhadores que preferem reduzir suas horas a ver um companheiro perder o emprego o que nos auxilia em nossas horas mais sombrias. É a coragem do bombeiro de subir uma escada cheia de fumaça, mas também a disposição de pais de criar uma criança o que, no fim das contas, decide o nosso destino.
Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com os quais nós os enfrentamos podem ser novos. Mas aqueles valores dos quais nosso sucesso depende - trabalho duro e honestidade, coragem e justiça, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo - essas coisas são antigas. Essas coisas são verdadeiras. Elas têm sido a força quieta do progresso ao longo de nossa história. O que se exige, então, é uma volta a essas verdades. O que se exige de nós agora é uma nova era de responsabilidade - um reconhecimento, por parte de todo americano, de que nós temos deveres para conosco, nossa nação e o mundo; deveres que nós não aceitamos a contragosto, mas com alegria, firmes no conhecimento de que não há nada tão satisfatório para o espírito, tão definidor de nosso caráter, do que dar tudo o que podemos numa tarefa difícil.
Este é o preço e a promessa da cidadania.
Esta é a fonte de nossa confiança - o conhecimento de que Deus nos convoca a dar forma a um destino incerto.
Este é o significado de nossa liberdade e de nosso credo - por que homens e mulheres e crianças de toda raça e de toda fé podem se unir numa celebração neste magnífico Mall, e por que um homem cujo pai, menos de 60 anos atrás, poderia não ser servido num restaurante local, agora pode estar diante de vocês para fazer um juramento sagrado.
Por isso, vamos marcar esse dia com a lembrança de quem somos e quão longe viajamos. No ano do nascimento da América, no mais frio dos meses, um pequeno grupo de patriotas se encolhia em torno de fogueiras que se apagavam, às margens de um rio gelado. A capital estava abandonada. O inimigo estava avançando. A neve estava manchada de sangue. Num momento em que nossa revolução estava em dúvida, o pai de nossa nação ordenou que essas palavras fossem lidas para o povo:
"Que seja dito ao mundo futuro que, na profundidade do inverno, quando nada além da esperança e da virtude poderia sobreviver, a cidade e o país, alarmados diante de um perigo comum, saiu para enfrentá-lo."
América. Em face de nossos perigos comuns, neste inverno de nossas dificuldades, vamos lembrar essas palavras eternas. Com esperança e virtude, vamos enfrentar uma vez mais as correntes geladas e resistir quaisquer tempestades que possam vir. Que seja dito pelos filhos de nossos filhos que, quando fomos testados, nós nos recusamos a deixar esta jornada terminar, que nós não viramos as costas, que nós não vacilamos; e, com os olhos fixos no horizonte e a graça de Deus sobre nós, levamos adiante o grande dom da liberdade e o entregamos com segurança paras as gerações futuras."
Ouvi de Bruno Barreto, em uma recente entrevista pela TV, a frase que serve de título para esta postagem. Li o Macaco e a Essência nos anos 60, na média adolescência. Naquela época a gente lia AldousHuxley: Admirável Mundo Novo, Portas da Percepção, A ilha; Sartre: As Palavras, A Idade da Razão, Sursis, A Prostituta Respeitosa, o Muro ( não me lembro de todos os que li, mas pela previsão de um futuro que todos sempre tememos - O Macaco e a Essencia me imprenssionou e também pela forma original como lança a história, como ensaio de uma peça teatral).
Outros: KnutHamsun, prêmio Nobel da Literatura em 1920 (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_Nobel_de_Literatura) Fome, escrito em 1890 (tive dificuldade para terminar o livro e o fiz depois de completar 32 anos de idade); Frutos da Terra, escrito em 1917, não encontrei tradução e iniciei a leitura em inglês, mas infelizmente, na época, meu inglês era quase nulo; George Owell - 1984, escrito em 1948 e A Guerra dos Bichos. O surrealista Franz Kafka com o seu famoso Metamorfose.Com o passar dos anos, outros livros foram me interessando, como os policiais e os "best sellers" .
Dos livros de Ira Levin (que morreu há exatamente um ano, em novembro de 2007, aos 78 anos de idade), autor de O Bebê de Rosemary (apenas assisti ao filme sob direção de Polanski), Os Meninos do Brasil, Mulheres Perfeitas e O Beijo da Morte (também famosos nas versões cinematográficas!), Este Mundo Perfeito (ThisPerfectDay) foi o que mais gostei, li em 1973, e hoje, tirando alguns fatos não compatíveis, vejo que o autor, de certa forma, previa a globalização, sim! Uma Sociedade Global onde todo mundo era monitorizado por um grande computador central, o UniComp. Chamou-me atenção, na época, como meus amigos simpatizantes pelo comunismo, o que não era o meu caso, ao meu comentário, correram às livrarias para adquirir um exemplar e um, que mais tarde se tornaria político no Rio de Janeiro, propôs-me uma troca por um exemplar de Theillard de Chardin, O Fenômeno Humano.
ErnestHemingway, prêmio Nobel de Literatura em 1954: O Velho e o Mar; Por Quem os Sinos Dobram e Adeus às Armas. Clássicos.
Russell propôs, em sua autobiografia, um "código de conduta" liberal baseado em dez princípios, à maneira do decálogo cristão. "Não para substituir o antigo", diz Russell, "mas para complementá-lo". Os dez princípios são: 1. Não tenhas certeza absoluta de nada. 2. Não consideres que valha a pena proceder escondendo evidências, pois as evidências inevitavelmente virão à luz. 3. Nunca tentes desencorajar o pensamento, pois com certeza tu terás sucesso. 4. Quando encontrares oposição, mesmo que seja de teu cônjuge ou de tuas crianças, esforça-te para superá-la pelo argumento, e não pela autoridade, pois uma vitória dependente da autoridade é irreal e ilusória. 5. Não tenhas respeito pela autoridade dos outros, pois há sempre autoridades contrárias a serem achadas. 6. Não uses o poder para suprimir opiniões que consideres perniciosas, pois as opiniões irão suprimir-te. 7. Não tenhas medo de possuir opiniões excêntricas, pois todas as opiniões hoje aceitas foram um dia consideradas excêntricas. 8. Encontres mais prazer em desacordo inteligente do que em concordância passiva, pois, se valorizas a inteligência como deverias, o primeiro será um acordo mais profundo que a segunda. 9. Sê escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentares escondê-la. 10. Não tenhas inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso. É impressionante como trocávamos ideias sobre os livros que estávamos lendo, naquela fase de adolescência! Não por moda, mas por interesse intelectual e conhecimento! Impossível lembrar-me de todos autores e títulos que tenho lido, entretanto, neste momento estou apenas relembrando uma fase importante de minha vida, de minha "escola".
Terminei de ler Neve, de OhranPamuk, autor turco, prêmio Nobel de Literatura em 2006. Ainda faço minhas reflexões...
Presto Serviços de Treinamento; Coaching; Consultoria;Organização e Realização de Eventos; Lançamento de Produtos, entre outros. Mais informações:
http://www.suzely.com.br/
Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país.John F. Kennedy
Imagination is the beginning of creation. You imagine what you desire, you will what you imagine and at last you create what you will.George Bernard Shaw
Crime does not pay...as well as politics./ O Crime não compensa...bem como os políticos. Alfred E. Newman Viva cada dia de sua vida como se fosse o último, pois um dia desses vai ser mesmo!idem.
Mr. Alfred E. Newman
A morte é uma consequencia inevitável para todos os seres humanos. Para um final feliz viva intensamente com amor e sabedoria, assim o último suspiro poderá ser um sorriso!Suzely Ortênzio
I am never wrong when it comes to my possibilities. Placido Domingo
Salmão sem gosto de maresia
O salmão selvagem do Pacífico é a grande iguaria da costa oeste canadense. Não lembra nem de longe o salmão chileno, criado em cativeiro e alimentado com ração, que estamos acostumados a comer. Defumado ou fresco não tem cheiro nem gosto de maresia e, embora exista o tipo rosé, a maioria tem uma cor mais intensa.
Os canadenses têm o hábito de colocar maple syroup em quase tudo. Nem o salmão escapa. Além de adoçar as panquecas matinais, o xarope de maple (feito da seiva do plátano) é usado como condimento para grelhar, assar e fazer churrascos com carne ou peixe. Algumas pessoas simplesmente substituem o açúcar por maple. Entre os usos mais comuns há produtos como manteiga, cookies, balas, chocolates e chás.
A carne de bisão, mais magra do que a do boi, também faz parte da dieta local e é utilizada como qualquer carne vermelha: em bifes, assados e fondues. A cultura dos champignons é outra tradição do país. São crocantes, saborosos, sem branqueamento e estão presentes em todas as refeições. No café da manhã integram omeletes ou ovos mexidos e acompanham pratos de carne, peixe, massas ou saladas no almoço e jantar.
Embora o pessoal do slow-food levante sua bandeira em feiras de produtos orgânicos e em vários restaurantes conceituais, o fast-food tem peso significativo entre as opções alimentares. Nas cafeterias das montanhas, nos intervalos do esqui, não há como fugir das ofertas de comida italiana, japonesa ou italiana, toda com o mesmo gosto extra condimentado e com gordura em excesso. Melhor mesmo é o hambúrguer com fritas.
Por outro lado, não faltam bons restaurantes em Whistler, Banff ou Lake Louise. O Araxi, eleito o melhor de Whistler pelo nono ano consecutivo pela revista Wine Spectator, tem 25 anos de tradição e uma cozinha regional que resulta num mix entre o tradicional e o contemporâneo, com ingredientes locais.
A Columbia Britânica, o estado onde se localizam Vancouver e Whistler, é uma das duas regiões vinícolas do país. Ali se produzem uvas brancas e tintas, mas a estrela é o ice wine, vinho doce de sobremesa. (MPT)
Publicação: Valor Econômico News - EU & Investimentos,April 17, 2009 - Enviada por Dr. Ricardo Guimarães, Consul Honorário do Canadá em Minas Gerais
Exercemos melhor nossa liderança quando estamos escutando... quando lideramos pelo exemplo, quando mostramos algum elemento de humildade e reconhecemos que nem sempre temos a melhor reposta.Barack Obama, depois da reunião do G-20, em Londres, em sua primeira viagem à Europa como presidente dos Estados Unidos.
A Casa Perfeita do Futuro!
Feicon e Batimat 2009 em São Paulo mostra as novidades!
Plenario do Congresso Nacional, com o então Deputado Constituinte - Francisco Dornelles, minutos antes da Promulgação da Nova Constituição - Momento inesquecível!
Congresso Nacional 1988
Suzely e o então Deputado Constituinte Oscar Dias Corrêa
DICAS INTERESSANTES
Para Curar Ressaca e/ou Enxaqueca 50 g de gengibre ralado e 1/2 litro de água (base, faça a quantidade que quiser aumentando proporcionalmente os ingridientes). Misture o gengibre com a água e leve ao fogo, deixando ferver por 15 minutos. Coe e tome quente, frio ou gelado! Sugestão: tenha sempre uma garrafa cheia na geladeira! É também ótimo energizante. Não adoçe.
Se você é diplomado pela EEK-Escola de Engenharia Kennedy - Participe de nossa associação!
Encontro em Gramado
Suzely entre Fernando Fischer de Caçador, Santa Catarina e Jonas Ribeiro de Imperatriz, Maranhão