domingo, 22 de fevereiro de 2009

Festa em Brasília

Em meados da década de 80 o Brasil estava em lua de mel com a Nova República e Brasília era toda festiva. Na mesma época sentia-me bastante frustrada e sofria muito com o fim de meu casamento que, apesar de ter durado apenas sete anos, me deixara com meus lindos e queridos filhos de um, três e cinco anos de idade sem qualquer pensão ou ajuda financeira. Frente a uma nova situação e estilo de vida, procurei manter um certo “status” social e, sempre que podia, aceitava alguns dos convites que continuei a receber.

A ginástica financeira a que me submetia era digna de um malabarista, pois equilibrar as despesas com o curto salário que recebia como gerente de Auditoria de Sistemas da Prodabel e continuar com uma vida social ativa era quase a mesma coisa que enfrentar um baile de Cinderela.

O convite para um jantar em Brasília, onde o então Ministro da Casa Civil José Hugo Castelo Branco, seria homenageado na residência de um famoso colunista social com a presença de várias autoridades inclusive do presidente José Sarney me animou, pois seria uma boa oportunidade de reencontrar alguns de meus prezados amigos da Capital.

O jantar foi maravilhoso. O casal anfitrião sempre foi e continua sendo brilhante e perfeito na arte de receber. Quando estamos sofrendo qualquer tipo de perda é muito difícil deixar tudo de lado e curtir o momento. Assim me sentia e afastei-me um pouco de todos isolando-me num canto da casa. Não por muito tempo, pois uma jornalista, casada com um diplomata e uma promotora de eventos muito conhecidas sentaram-se ao meu lado e começamos a conversar. Logo as duas perceberam a minha tristeza e o assunto girou, por alguns minutos, sobre a minha separação.

- Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima, disse-me a promotora de eventos. A vida é curta e homem algum neste mundo merece nosso sacrifício.

- Você é nova e bonita. Logo vai encontrar um bom partido, comentou a jornalista, e continuou - mas se ficar amuada pelos cantos, vai espantar todo mundo, ninguém gosta de gente triste.

Nisto estavam corretíssimas.

- Até quando você fica em Brasília?

- Retorno amanhã, sábado, ou melhor, hoje, no vôo das 11h45min. Vim só para o jantar.

- Nada disso, comentou a jornalista, fique até domingo e nós a levaremos numa festa muito badalada e animada em casa de uns amigos. Você vai se divertir e adorar.

- Não sei, não ando muito animada para festas. Gostei muito de ter vindo a este jantar, mas se não fossem vocês, eu já teria retornado ao hotel.

- Em que hotel você está?

- No Carlton.

- Então só precisa mudar seu vôo, nos finais de semana os hotéis estão sempre vazios.

Apesar de minha argumentação e desculpas para recusar o convite, as duas acabaram por me convencer. Estaria sozinha mesmo, uma vez que meus filhos estavam com o pai naquele fim de semana. Fiquei, passei o dia todo no quarto, ou melhor, o resto do dia, pois elas me deixaram no hotel por volta das 4 horas da manhã. Viriam me buscar às 21h00min.

Sou pontual e minutos antes da hora combinada já estava prontinha esperando por minhas novas amigas. Ás 21h15min. resolvi ligar para uma delas. Ainda estava em casa e disse que me pegariam em 15 minutos. Chegaram meia hora depois. Alegres e muito animadas, falando ao mesmo tempo, conseguiram elevar meu astral.

O número de carros estacionados e o barulho de vozes e risadas misturados com o som musical eram uma amostra de que a festa realmente estava animadíssima. Billie Jean de Michael Jackson. Saímos do carro dançando, contagiadas pelo ritmo.

Sem me apresentar aos anfitriões as duas locomotivas saíram cumprimentando as pessoas e eu atrás. Serviram-se de champanhe enquanto eu procurava por um refrigerante, os remédios para ansiedade e depressão me impediam de ingerir qualquer bebida alcoólica. Ao alcançarmos o jardim, decorado com muito bom gosto, onde mesas redondas já estavam ocupadas por pessoas que conversavam alegremente, paramos em uma delas com três lugares disponíveis. Apresentaram-me a um casal, puxando uma cadeira para que eu me assentasse ao lado deles e iniciaram uma conversa com um jovem e elegante homem que me cumprimentou e, entre as duas, de braços enlaçados, seguiram os três para a pista de dança, dentro da casa. Perdi-os de vista.

O Buffet foi aberto e nos servimos. Passei o tempo conversando com os companheiros de mesa, principalmente com o casal que me fora apresentado. Após a sobremesa, vi que alguns convidados já se retiravam. Preocupada, olhava para os lados na tentativa de localizar minhas amigas. Nada. Levantei-me para ir ao banheiro e as procurei pela casa toda. Ao retornar, perguntei se alguém havia as havia visto.

- Elas saíram há muito tempo com o Renato.

O conjunto musical tocava e cantava Marvin, a música preferida de meu filho com quase quatro anos de idade. Senti saudades e vontade de estar com meus filhos.

Embora desapontada, novamente pedi licença e, à procura de um telefone para chamar um táxi, o garçom me levou até o escritório onde havia um. Ao pegar o aparelho, minha intenção era ligar para o 102 e solicitar o número de uma empresa de táxi. Recoloquei o telefone no gancho.

- Como iria solicitar um táxi se não tinha a menor noção de onde estava? Perguntei-me. Como vou solicitar o endereço da casa e para quem? Se o fizer acabarei por entregar as duas maluquinhas e a mim mesma como “penetra”. Apavorei! Retornei ao lugar onde passara o tempo todo e o casal que me dera atenção já se despedia. Percebeu meu nervosismo e me ofereceu carona.

Respirei aliviada e imediatamente aceitei. No caminho para o hotel perguntou se eu queria encontrar minhas amigas que com certeza estariam em uma boate com o tal Renato.

- Elas sempre fazem isto. Saem conosco e nos abandonam. Principalmente se o Renato aparece.

- Agradeci a oferta e preferi que me deixassem no hotel.

Não dormi direito inconformada com o comportamento das duas. Não era apenas falta de educação o que me fizeram, mas loucura! Como alguém que pertencia ao mundo diplomático e outra que organizava eventos poderiam ter aquele comportamento? Até hoje procuro a resposta! Nunca mais as encontrei.

No vôo para BH, na segunda-feira, a comissária de bordo ofereceu-me um jornal de Brasília. A coluna social comentava sobre as festas do final de semana. Fiquei imaginando em qual delas eu havia estado! Não descobri e creio que esta dúvida me acompanhará até o final de meus dias!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

OBA OBA OBA OBAMA! 20 de janeiro de 2009, possivelmente marco zero de uma nova era!


O discurso de posse do novo estadista que representa a esperança dos povos, Barack Hussein Obama:
Photo: Shepard Fairey (telegraph.co.uk)

"Meus caros cidadãos:

Eu me coloco aqui hoje humildemente diante da tarefa à nossa frente, grato pela confiança com que vocês me honraram, ciente dos sacrifícios realizados pelos nossos ancestrais. Eu agradeço ao presidente Bush pelo seu serviço à nossa nação, bem como pela generosidade e cooperação que ele mostrou ao longo da transição.

Quarenta e quatro americanos agora já fizeram o juramento presidencial. As palavras foram ditas durante crescentes marés de prosperidade e as águas calmas da paz. Mas, de tempos em tempos, o juramento é realizado entre nuvens que se formam e tempestades violentas. Nesses momentos, a América seguiu à frente não somente pela habilidade ou visão dos que estavam no alto escalão, mas porque Nós o Povo permanecemos confiantes nos ideais dos nossos ancestrais e fiéis aos nossos documentos fundadores.

Assim tem sido. Assim deve ser com essa geração de americanos.

Que nós estamos em meio a uma crise é agora bem sabido. Nossa nação está em guerra, contra uma rede de longo alcance de violência e ódio. Nossa economia está bastante enfraquecida, em consequência da ganância e irresponsabilidade por parte de alguns, mas também por nosso fracasso coletivo em fazer escolhas difíceis e preparar a nação para uma nova era. Casas foram perdidas; empregos cortados; negócios fechados. Nosso sistema de saúde está muito dispendioso; nossas escolas fracassam com muitos; e cada dia traz novas evidências de que as formas como usamos a energia fortalecem nossos adversários e ameaçam nosso planeta.
Esses são os indicadores da crise, assunto de dados e estatísticas. Menos mensurável, mas não menos profundo, é o enfraquecimento da confiança ao longo de nossa terra - um medo repetido de que o declínio da América é inevitável, e que a próxima geração deve diminuir suas perspectivas.
Hoje eu digo a vocês que os desafios que nós enfrentamos são reais. Eles são sérios e são muitos.
Eles não serão vencidos facilmente ou em um período curto de tempo. Mas saiba disso, América: eles serão vencidos.

Nesse dia, nos reunimos porque nós escolhemos a esperança em vez do medo, a unidade de propósito em vez do conflito e da discórdia.

Nesse dia, nós viemos para proclamar o fim às queixas mesquinhas e falsas promessas, às recriminações e aos dogmas desgastados, que por muito tempo já têm enfraquecido nossa política.

Nós continuamos uma nação jovem, mas de acordo com as palavras da Escritura, chegou a hora de se deixar de lado as infantilidades. Chegou a hora para reafirmar nosso espírito tolerante; para escolher nossa melhor história; para prosseguir com esse precioso dom, essa nobre ideia, passada de geração a geração: a promessa dada por Deus de que todos somos iguais, todos somos livres e todos merecem uma chance de buscar sua completa medida de felicidade.

Ao reafirmar a grandiosidade de nossa nação, nós entendemos que a grandeza nunca é dada. Ela deve ser conquistada. Nossa jornada nunca foi de atalhos ou de aceitar menos. Não foi a trilha dos inseguros - daqueles que preferem o descanso ao trabalho, buscam apenas os prazeres das riquezas e da fama. Em vez disso, (nossa jornada) tem sido uma de tomadores de risco, atuantes, fazedores das coisas - alguns celebrados, mas muitos outros homens e mulheres obscuros em seu trabalho - que nos levaram pela longa e espinhosa rota rumo à prosperidade e à liberdade.

Para nós, eles empacotaram suas poucas posses e viajaram pelos oceanos em busca de uma nova vida.

Para nós, eles trabalharam duro em fábricas exploradoras e seguiram rumo a Oeste; suportaram o açoite do chicote e lavraram a terra dura.Para nós, eles lutaram e morreram, em lugares como Concord e Gettysburg; Normandy e Khe Sahn.

Ao longo do tempo, esses homens e mulheres lutaram e se sacrificaram e trabalharam até suas mãos ficarem em carne viva, para que pudéssemos ter uma vida melhor.
Eles viram a América maior do que a soma de suas ambições individuais; maior que todas as diferenças de nascimento ou riqueza ou facção.

Essa é a jornada que nós continuamos hoje. Nós permanecemos a mais próspera e poderosa nação da Terra. Nossos trabalhadores não são menos produtivos do que quando essa crise começou. Nossas mentes não têm menos imaginação, nossas mercadorias e serviços não são menos necessários do que eram na semana passada, no mês passado ou no ano passado. Nossa capacidade permanece a mesma. Mas nossa hora de proteger interesses estreitos e adiar decisões desagradáveis - esse tempo certamente passou. Começando hoje, nós precisamos nos levantar e começar de novo o trabalho de reconstruir a América.

Para todos os lugares que olhemos, existe trabalho a ser feito. A situação da nossa economia pede ação, ágil e rápida, e nós agiremos - não apenas para criar novos empregos, mas para lançar a fundação para o crescimento. Nós construiremos as estradas e pontes, as instalações elétricas e linhas digitais que alimentam nosso comércio e nos mantém juntos. Nós levaremos a ciência a seu lugar de merecimento e controlaremos as maravilhas da tecnologia para aumentar a qualidade do sistema de saúde e reduzir seu custo.

Nós usaremos o Sol e os ventos e o solo para abastecer nossos carros e movimentar nossas fábricas. Nós transformaremos nossas escolas, faculdades e universidades para suprir as demandas de uma nova era. Tudo isso nós podemos fazer. E tudo isso nós faremos.

Agora, existem alguns que questionam a escala das nossas ambições - que sugerem que nosso sistema não pode aguentar planos tão grandiosos. Eles têm memória curta. Porque eles se esqueceram de tudo o que nosso país fez; o que homens e mulheres livres podem conseguir quando a imaginação se junta para objetivos comuns e a necessidade para a coragem.

O que os cínicos não entendem é que o chão que eles pisam não é mais o mesmo - que as disputas políticas que nos envolveram por muito tempo não existem mais. A questão que perguntamos hoje não é se nosso governo é muito grande ou muito pequeno, mas se ele funciona - se ele ajuda as famílias a encontrarem empregos que pagam um salário decente, que tipo de seguridade eles dão, uma aposentadoria que seja digna. Onde a resposta é sim, nós queremos ir em frente. Onde a resposta é não, os programas acabarão. E aqueles de nós que manejam os dólares públicos terão que prestar contas - para gastar de maneira sábia, reformar maus hábitos, e fazer nossos negócios à luz do dia - porque apenas assim nós podemos restaurar a confiança vital entre o povo e o governo.

Também não á a questão que se apresenta a nós se o mercado é uma força para o bem ou para o mal. Seu poder de gerar riquezas e expandir a liberdade é ilimitado, mas esta crise nos fez lembrar que sem vigilância, o mercado pode sair do controle - e uma nação não pode prosperar por muito tempo quando favorece apenas os mais ricos. O sucesso da nossa economia sempre dependeu não apenas do tamanho do nosso Produto Interno Bruto (PIB), mas do poder da nossa prosperidade; na nossa habilidade de estendê-la a cada um, não por caridade, mas porque esse é o caminho mais seguro para o bem comum.

Quanto à nossa defesa comum, rejeitamos a falsa escolha entre nossa segurança e nossos ideais. Os fundadores do país, que enfrentaram perigos que sequer imaginamos, redigiram uma carta para assegurar o primado da lei e dos direitos do homem, uma carta expandida pelo sangue de gerações. Esses ideais ainda iluminam o mundo, e nós não vamos abandoná-los por conveniência. E, então, para todos os povos e governos que estão assistindo hoje, das grandes capitais ao pequeno vilarejo onde meu pai nasceu: Saibam que a América é amiga de cada nação e de cada homem, mulher ou criança que procure um futuro de paz e dignidade, e que nós estamos prontos para liderar uma vez mais.

Lembrem-se que gerações anteriores enfrentaram o fascismo e o comunismo não apenas com mísseis e tanques, mas com alianças robustas e convicções duradouras. Eles entenderam que nosso poder sozinho não pode nos proteger, nem nos dá o direito de fazer o que quisermos. Em vez disso, eles entenderam que nosso poder cresce com seu uso prudente; nossa segurança emana da Justiça de nossa causa, da força de nosso exemplo, da têmpera das qualidades de humildade e moderação.

Nós somos os guardiões desse legado. Guiados por esses princípios uma vez mais, podemos enfrentar novas ameaças que exigem um esforço maior - maior cooperação e compreensão entre as nações. Começaremos por sair do Iraque com responsabilidade e por criar um esforço de paz no Afeganistão. Com velhos amigos e antigos adversários vamos trabalhar incansavelmente para diminuir a ameaça nuclear, e reduzir o espectro do aquecimento global. Não vamos pedir desculpas por nosso modo de vida, nem vamos vacilar em sua defesa, e, para aqueles que procurarem avançar em seus objetivos produzindo terror e matando inocentes, diremos a eles que nosso espírito é mais forte e não pode ser quebrado; eles não poderão prevalecer e nós os derrotaremos.

Sabemos que nossa herança multicultural é uma força, não uma fraqueza. Somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus - e ateus. Somos moldados por cada língua e cultura, de cada parte desta Terra; e por causa disso provamos o sabor mais amargo da guerra civil e da segregação e emergimos desse capítulo mais fortes e mais unidos; não podemos senão acreditar que os velhos ódios passarão um dia; que as linhas das tribos vão se dissolver rapidamente; que o mundo ficará menor, nossa humanidade comum deve revelar-se; e que a América vai desempenhar o seu papel em uma nova era de paz.

Para o mundo muçulmano, buscamos um novo caminho a seguir, baseado em interesse e respeito mútuo. Para aqueles líderes pelo mundo que buscam semear o conflito, ou culpam o Ocidente pelosmales de suas sociedades: Saibam que seus povos irão julgá-los a partir do que vocês podem construir, e não destruir. Para aqueles que se agarram ao poder por meio da fraude e da corrupção, saibam que estão no lado errado da História; mas nós estenderemos a mão se vocês estiverem dispostos a cooperar.

Às pessoas das nações pobres, nós queremos trabalhar a seu lado para fazer suas fazendas florescerem e deixar os cursos de água limpa fluírem; para nutrir corpos famintos e alimentar mentes ávidas. E para aquelas nações como a nossa, que vivem em relativa riqueza, queremos dizer que não podemos mais suportar a indiferença quanto ao sofrimento daqueles que sofrem fora de nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem nos importar com as consequências. Nós devemos acompanhar as mudanças do mundo.

À medida que entendemos o caminho que se desdobra diante de nós, recordamos com humilde gratidão aqueles bravos americanos que, a esta mesma hora, patrulham longínquos desertos e montanhas distantes. Eles têm algo a nos dizer hoje, como aqueles heróis caídos que jazem em Arlington murmuram através dos tempos. Nós os honramos não apenas porque eles não os guardiães de nossa liberdade, mas porque eles representam o espírito de servir ao país; a disposição de encontrar um significado maior que si mesmos. E ainda, neste momento - um momento que vai definir uma geração - é precisamente esse espírito que todos nós devemos viver.

Porque, por mais que o governo possa fazer e precise fazer, em última instância é da fé e da determinação do povo americano que esta nação depende. É a bondade de receber um estranho quando os diques se rompem, é o desprendimento de trabalhadores que preferem reduzir suas horas a ver um companheiro perder o emprego o que nos auxilia em nossas horas mais sombrias. É a coragem do bombeiro de subir uma escada cheia de fumaça, mas também a disposição de pais de criar uma criança o que, no fim das contas, decide o nosso destino.

Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com os quais nós os enfrentamos podem ser novos. Mas aqueles valores dos quais nosso sucesso depende - trabalho duro e honestidade, coragem e justiça, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo - essas coisas são antigas. Essas coisas são verdadeiras. Elas têm sido a força quieta do progresso ao longo de nossa história. O que se exige, então, é uma volta a essas verdades. O que se exige de nós agora é uma nova era de responsabilidade - um reconhecimento, por parte de todo americano, de que nós temos deveres para conosco, nossa nação e o mundo; deveres que nós não aceitamos a contragosto, mas com alegria, firmes no conhecimento de que não há nada tão satisfatório para o espírito, tão definidor de nosso caráter, do que dar tudo o que podemos numa tarefa difícil.

Este é o preço e a promessa da cidadania.
Esta é a fonte de nossa confiança - o conhecimento de que Deus nos convoca a dar forma a um destino incerto.

Este é o significado de nossa liberdade e de nosso credo - por que homens e mulheres e crianças de toda raça e de toda fé podem se unir numa celebração neste magnífico Mall, e por que um homem cujo pai, menos de 60 anos atrás, poderia não ser servido num restaurante local, agora pode estar diante de vocês para fazer um juramento sagrado.
Por isso, vamos marcar esse dia com a lembrança de quem somos e quão longe viajamos. No ano do nascimento da América, no mais frio dos meses, um pequeno grupo de patriotas se encolhia em torno de fogueiras que se apagavam, às margens de um rio gelado. A capital estava abandonada. O inimigo estava avançando. A neve estava manchada de sangue. Num momento em que nossa revolução estava em dúvida, o pai de nossa nação ordenou que essas palavras fossem lidas para o povo:

"Que seja dito ao mundo futuro que, na profundidade do inverno, quando nada além da esperança e da virtude poderia sobreviver, a cidade e o país, alarmados diante de um perigo comum, saiu para enfrentá-lo."

América. Em face de nossos perigos comuns, neste inverno de nossas dificuldades, vamos lembrar essas palavras eternas. Com esperança e virtude, vamos enfrentar uma vez mais as correntes geladas e resistir quaisquer tempestades que possam vir. Que seja dito pelos filhos de nossos filhos que, quando fomos testados, nós nos recusamos a deixar esta jornada terminar, que nós não viramos as costas, que nós não vacilamos; e, com os olhos fixos no horizonte e a graça de Deus sobre nós, levamos adiante o grande dom da liberdade e o entregamos com segurança paras as gerações futuras."

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A Ficção é Uma Reflexão da Realidade!


Ouvi de Bruno Barreto, em uma recente entrevista pela TV, a frase que serve de título para esta postagem.

Li o Macaco e a Essência nos anos 60, na média adolescência. Naquela época a gente lia Aldous Huxley: Admirável Mundo Novo, Portas da Percepção, A ilha; Sartre: As Palavras, A Idade da Razão, Sursis, A Prostituta Respeitosa, o Muro ( não me lembro de todos os que li, mas pela previsão de um futuro que todos sempre tememos - O Macaco e a Essencia me imprenssionou e também pela forma original como lança a história, como ensaio de uma peça teatral).

Outros: Knut Hamsun, prêmio Nobel da Literatura em 1920 (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_Nobel_de_Literatura) Fome, escrito em 1890 (tive dificuldade para terminar o livro e o fiz depois de completar 32 anos de idade); Frutos da Terra, escrito em 1917, não encontrei tradução e iniciei a leitura em inglês, mas infelizmente, na época, meu inglês era quase nulo; George Owell - 1984, escrito em 1948 e A Guerra dos Bichos. O surrealista Franz Kafka com o seu famoso Metamorfose.Com o passar dos anos, outros livros foram me interessando, como os policiais e os "best sellers" .

Dos livros de Ira Levin (que morreu há exatamente um ano, em novembro de 2007, aos 78 anos de idade), autor de O Bebê de Rosemary (apenas assisti ao filme sob direção de Polanski), Os Meninos do Brasil, Mulheres Perfeitas e O Beijo da Morte (também famosos nas versões cinematográficas!), Este Mundo Perfeito (This Perfect Day) foi o que mais gostei, li em 1973, e hoje, tirando alguns fatos não compatíveis, vejo que o autor, de certa forma, previa a globalização, sim! Uma Sociedade Global onde todo mundo era monitorizado por um grande computador central, o UniComp. Chamou-me atenção, na época, como meus amigos simpatizantes pelo comunismo, o que não era o meu caso, ao meu comentário, correram às livrarias para adquirir um exemplar e um, que mais tarde se tornaria político no Rio de Janeiro, propôs-me uma troca por um exemplar de Theillard de Chardin, O Fenômeno Humano.

Ernest Hemingway, prêmio Nobel de Literatura em 1954: O Velho e o Mar; Por Quem os Sinos Dobram e Adeus às Armas. Clássicos.

Esqueci de citar Bertrand Russel, Meu Pensamento Filosófico. Encontrei um site que mostra onde "baixar" alguns exemplares gratuitamente:
http://simplesmente.com/2008/01/19/russell/; e um blog que fala sobre a recente tradução de Os Problemas da Filosofia, aliás, por Desidério Murcho (http://dmurcho.com/), filósofo e professor da UFOP : http://dererummundi.blogspot.com/2008/11/os-problemas-da-filosofia-de-bertrand.html

Russell propôs, em sua autobiografia, um "código de conduta" liberal baseado em dez princípios, à maneira do decálogo cristão. "Não para substituir o antigo", diz Russell, "mas para complementá-lo".
Os dez princípios são:
1. Não tenhas certeza absoluta de nada.
2. Não consideres que valha a pena proceder escondendo evidências, pois as evidências inevitavelmente virão à luz.
3. Nunca tentes desencorajar o pensamento, pois com certeza tu terás sucesso.
4. Quando encontrares oposição, mesmo que seja de teu cônjuge ou de tuas crianças, esforça-te para superá-la pelo argumento, e não pela autoridade, pois uma vitória dependente da autoridade é irreal e ilusória.
5. Não tenhas respeito pela autoridade dos outros, pois há sempre autoridades contrárias a serem achadas.
6. Não uses o poder para suprimir opiniões que consideres perniciosas, pois as opiniões irão suprimir-te.
7. Não tenhas medo de possuir opiniões excêntricas, pois todas as opiniões hoje aceitas foram um dia consideradas excêntricas.
8. Encontres mais prazer em desacordo inteligente do que em concordância passiva, pois, se valorizas a inteligência como deverias, o primeiro será um acordo mais profundo que a segunda.
9. Sê escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentares escondê-la.
10. Não tenhas inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso.


É impressionante como trocávamos ideias sobre os livros que estávamos lendo, naquela fase de adolescência! Não por moda, mas por interesse intelectual e conhecimento! Impossível lembrar-me de todos autores e títulos que tenho lido, entretanto, neste momento estou apenas relembrando uma fase importante de minha vida, de minha "escola".

Terminei de ler Neve, de Ohran Pamuk, autor turco, prêmio Nobel de Literatura em 2006. Ainda faço minhas reflexões...

domingo, 9 de novembro de 2008

Carona!



O sonho da casa própria parecia estar mais perto de se realizar para os brasileiros, principalmente para os assalariados, com o surgimento, em meados da década de 60, do Sistema Nacional da Habitação através do extinto BHN – Banco Nacional da Habitação, que teve pouco tempo de vida, extinto em 1988.

Seduzidos pela oportunidade, meus pais, que residiam no Rio Grande do Sul, adquiriram, através do novo sistema, uma casa popular no bairro Eldorado, em Contagem. Para nós, minha irmã e eu, aquele sonho era um verdadeiro pesadelo, pois além de aumentar a distância de nossos respectivos trabalhos e faculdades, nos afastava de nossa gostosa e unida turminha do Prado, na esquina da Francisco Sá com Lagoa Dourada, onde conheci os irmãos Coelho. Etelvino, hoje médico oftalmologista famoso internacionalmente e um dos pioneiros na cirurgia corretiva de miopia no Brasil; Regis, também internacional, é psicólogo especialista em terapias diversas e eficazes Cândido, que optou por Direito e a respectiva família dos rapazes, chefiada pelo maravilhoso e saudoso Dr. Delfim, ao lado de sua mulher, D. Eneida, sempre carinhosa, meiga e risonha.

Sob protestos mudamo-nos para nossa nova casa, mesmo ainda com os acabamentos por terminar, com a nossa avó “Mãe Filha”, como a chamávamos, uma vez que meus pais continuariam no sul do país onde papai, engenheiro civil, trabalhava nas obras de pavimentação da Estrada da Produção.

A mudança de residência marcou o início de uma nova e cansativa rotina. Lecionava Química e Física no Colégio Estadual Geraldo Teixeira da Costa, em Santa Luzia, onde as aulas começavam às 7h e 30 min. da manhã, obrigando-me a levantar às 5 horas para não perder a carona da professora de Biologia, o que me possibilitava a chegar no horário.

Vivendo aquela rotina eu me sentia como um “zumbi”, pois estudava à noite na Escola de Engenharia Kennedy, que funcionava na Avenida Amazonas onde hoje está localizado a Expominas, cujas aulas terminavam sempre por volta das 23 horas e só conseguia ir para a cama depois da meia-noite e, para chegar mais cedo, quando sentia que o cansaço tomava conta de meu corpo, não assistia às aulas do último horário, sempre o das matérias mais “pesadas”, como era o caso de Mecânica Aplicada, cujo professor havia sido recentemente substituído.

Certa vez, quando aguardava o ônibus no ponto mais próximo de casa, que já demorava mais que o habitual e que me faria chegar atrasadíssima ao IPR - Instituto de Pesquisas Radioativas, onde eu fazia estágio no período da tarde, no setor de Metalurgia Física sob a batuta do querido professor Juarez Távora Veado, no Campus da UFMG, notei que um “Fusquinha” de cor bege, que já tinha dado uma volta no quarteirão, parara perto de mim e seu motorista me oferecia uma carona que me deixaria mais perto de meu destino.

- Desculpe-me, não tenho hábito de aceitar carona, mas o senhor me parece ser uma pessoa conhecida!

- Não seria, por acaso, das aulas de Mecânica Aplicada? Sou Edmar Mendes, seu professor na Kennedy às terças e quintas. Sem mais comentários!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Desfile no Automóvel Clube


- Ficou perfeito em você, Suzely! Disse-me a vendedora.

Sim, pensava ao olhar para minha imagem refletida no espelho. Vocês já repararam como os espelhos dos vestiários das lojas e butiques mostram todas as nossas imperfeições como celulite, gordurinhas localizadas, manchas na pele, etc.? Era o que eu havia notado antes de vestir o conjunto branco com riscas pretas, em crepe, saia justa, comprimento 20 cm abaixo dos joelhos, casaco aberto e mangas compridas, muito bem talhado e elegante. - Realmente gostei, disse concordando.

- Pode ficar despreocupada, pois a Eunice Impelizieri nunca faz mais que dois modelos iguais e normalmente em manequins diferentes.

Comprei o vestido imaginando a próxima oportunidade para estreá-lo. Mesmo estando bem magra, aquele conjunto fazia-me parecer mais esbelta, disfarçando minhas pernas grossas e bumbum avantajado.

Não me recordo a data em que aquela oportunidade aconteceu, embora me lembre perfeitamente bem, como se tudo estivesse acontecendo agora, o dia em que a própria Eunice Impelizieri, que para mim figura entre as mulheres mais elegantes e belas que conheço sempre discreta e simpática, promovia um desfile beneficente no Automóvel Clube, onde as manequins seriam mulheres de nossa sociedade.

Seria o dia “D”! Vesti o novo modelo com uma blusa da Celine que comprara em Paris, anos antes, quando estava “gravidíssima”, de oito meses e meio de minha filha Tarsila. Não pude, obviamente, experimentar, mas era a única coisa que eu poderia levar sem risco naquela situação. Adoro-a e a guardo com carinho até hoje! 26 anos depois. Rosa “choque” com um belo laço imitando uma gravata, modelo clássico, sempre atual e lindo!

Naquele final da década 80, o mais britânico, como era chamado o Automóvel Clube, onde tudo acontecia e sempre reunindo a sociedade belorizontina, como o Showçaite, promoção do querido e saudoso Eduardo Couri, abria as portas para as elegantes mulheres.

Procurei um lugar na primeira fila próximo à passarela do lado das janelas para a Avenida Afonso Pena, bem no meio, tendo em frente, do outro lado, a porta principal do Salão Dourado. Sentei-me e, ao olhar para frente, senti a “Lei de Murphy”, tomar espaço, a outra que comprara o segundo conjunto igual ao meu sentava-se exatamente na mesma posição, do outro lado da passarela, usando o seu conjunto com uma blusa preta sob o casaco. Olhava para mim meio sem graça e com visível desapontamento. Talvez se não estivéssemos assim tão frente a frente, seria menos trágico, não para mim, que não me importo de ver outras pessoas usando o mesmo modelo, a não ser que eu tenha pagado o valor justo pela exclusividade, o que não era o caso.

Levantei e me dirigi ao meu “par de jarras”, percebendo que ela ficara ainda mais embaraçada e, quase sussurrando, disse em seu ouvido:
-Adoro sua roupa!
Sentindo-se mais relaxada e esboçando um largo sorriso ela respondeu:
-E eu, a sua!
Rimos muito juntamente com as outras mulheres que ouviram o nosso rápido diálogo!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

"Coaching" é um Personal de Negócios

Artigo publicado na Gazeta Mercantil em 15/10/2008

“Coaching” é um personal de negócios
por Villela da Mata - São Paulo

Essa aptidão pode ser aplicada com um reforço para a área comercial da empresa

O que há em comum entre nomes como o Bernardinho, Felipão ou Nuno Cobra, além do fato de serem treinadores esportivos e liderarem vitoriosos? A resposta é que nenhum deles ensinou nada a nenhum dos atletas.

É isso mesmo! É muita pretensão imaginar que Bernardinho ou Felipão amestraram seus jogadores rumo à vitória ou que Nuno Cobra poderia ter ensinado algo a Ayrton Senna. Esses treinadores fizeram bem mais que isso! Foram peças fundamentais para potencializar competências e despertar o desempenho máximo de cada um desses profissionais até que atingissem o topo em suas modalidades. Foram verdadeiros escavadores de aptidões e talentos. Souberam explorar qualidades, convencendo-os a manterem o foco no que realmente é importante e ainda tiveram sensibilidade para atribuir forças aos mais importantes predicados de cada um deles. Cada qual em sua modalidade, respeitando as características de cada esportista. Todos esses mestres, Bernardinho, Felipão ou Nuno Cobra figuram nessas histórias como verdadeiros “Coaches”. São personagens imprescindíveis nas conquistas e vitórias que enaltecem a história de nosso esporte, seja no futebol, vôlei ou automobilismo.

Essas importantes figuras chamadas “Coaches”, no universo esportivo, conquistaram um espaço tão fundamental nesse cenário, que, atualmente, a responsabilidade pelas conquistas já são praticamente inerentes a esses figurões. Não há mais como separar esses treinadores das grandes conquistas de seus discípulos. Analisando esses importantes resultados positivos, o mundo corporativo resolveu absorver essa figura do “Coach” e aplicá-la a realidade corporativa. Foi então criado o contemporâneo processo de Coaching com objetivo único de elevar o nível de resultados e produtividade focando o desenvolvimento de habilidades do executivo, líder ou homem de negócios.

A receita é simples, e a solução que surgiu do mundo esportivo com a figura do “Coach”, já pode ser acessada e aplicada com sucesso ao mundo dos negócios. Uma espécie de reforço coadjuvante na disputada arena comercial. Um maestro para administrar compassos e desenvolver sinergia competitiva focando e aprimorando as principais qualidades do capital humano de uma organização. Dessa forma, tal como um “personal trainer”, o Coach vai estabelecendo junto ao “atleta corporativo” circuitos de atuação específicos, trabalhando aptidões, qualidades e desempenho.

As necessidades do mundo corporativo justificam o crescimento contínuo do processo de Coaching. São diferentes “modalidades” (Executive, Career, Business, Team ou Lidership) que respeitam e obedecem a regras específicas de atuação, mas todas com um único objetivo: Resultado.

O processo de Executive Coaching não objetiva ensinar o indivíduo a ser um executivo. O profissional Coach vai ter como principal função, elevar o nível de habilidades empreendedoras do profissional e permitir que ele atue de forma mais pragmática e efetiva. Os resultados de uma empresa dependem do desempenho do executivo em todos os aspectos. Esse indivíduo que está à frente do empreendimento precisa possuir uma enorme capacidade de realizar metas, competência de liderança e gestão e ainda se tornar um mestre em gerar resultados para o negócio. Afinal, são prazos a serem cumpridos e indicadores a serem atingidos que ele ainda tem que somar, a saber, administrar vaidades humanas de seus funcionários e equipe, políticas internas da organização, a situação atual do mercado, acionistas, clientes e a própria família e vida pessoal. Para isso, o “Coach” pode funcionar como um excelente maestro nessa grande orquestra corporativa, organizando e harmonizando todos os setores.

Já o Business Coaching é solução ideal quando o assunto é desenvolver o negócio. Esse processo atua diretamente na gestão. São desenvolvidas estratégias para identificação das reais necessidades com a utilização da “expertise” do próprio empreendedor, que idealizou e investiu no negócio. Com a implantação do Coaching a tendência é conseguir maior comprometimento dos funcionários e tornar o ambiente de trabalho mais cooperativo e produtivo.
O processo de Coaching promove mudanças positivas e introduz de maneira efetiva, e em qualquer setor empresarial, uma verdadeira cultura de resultados recorrentes. O Coaching não é um acontecimento, como é considerado um treinamento motivacional ou de liderança, onde se absorve e se programa ao cotidiano apenas 22% das informações adquiridas. Coaching é um novo processo que gera e estimula uma decisão ou ação contínua, validando mudanças e os novos aprendizados de forma mais eficaz.

Um dos mais importantes líderes, Jack Welch, presidente da GE, que conseguiu em 23 anos, saltar de 14 bilhões para 410 bilhões o valor de mercado da companhia, tem uma frase que aponta o futuro do cenário organizacional no mundo. “No futuro pessoas que não forem coaches não serão promovidas. Gestores que forem Coaches será a regra”.
A figura de um profissional dotado de todos os requisitos do empreendedor somados a características de líder é cada vez mais disputado pelo mercado. O mundo dos negócios está prestes a viver uma escassez de líderes e o topo organizacional será alcançado por quem se preparar agora.

O processo de Coaching no Brasil já chegou ao expressivo índice de crescimento de 300% ao ano. Isso porque o Brasil é considerado o berço do empreendedorismo. País de grandes oportunidades e criatividade, afinal, muitos brasileiros “criam”. O brasileiro é empreendedor com enorme disposição e habilidade para superar crises, ousadia para assumir riscos e pró-atividade para criar novas empresas. Porém, nosso empreendedor, infelizmente, ainda carece de capacitação empreendedora de qualidade, que lhe forneça a base necessária para identificar oportunidades, criar a empresa e liderá-la de maneira eficiente.

As oportunidades para o Brasil

Pensando em todas essas questões que Ricardo Bellino - empresário e fundador/ mantenedor do Instituto do Empreendedor (INEMP), em parceria com a empresa Ernest & Young, se associou a Sociedade Brasileira de Coaching®, a maior referência em Coaching no Brasil e a única a ter licenciamento oficial do Behavioral Coaching Institute (BCI), o maior instituto de qualidade técnica no mundo, responsável pelo desenvolvimento da metodologia utilizada em empresas como Walt Disney, NASA, Pfizer, Sony Corporation, The Bank of New York, Ernest & Young, Lloyds Bank, Daimler Chrysler, Vodafone, entre outras.

Ricardo tem em seu currículo importantes empreendimentos. Conseguiu convencer o milionário Donald Trump a iniciar um empreendimento no Brasil e ainda virou sócio do empresário de moda Jonh Casablancas e trouxe ao Brasil uma unidade da Elite Models, a mais conceituada e importante agência de modelos no mundo. Além disso, introduziu no Brasil, o concurso Elite Look of the Year, evento que se transformou em vitrine de exportação de modelos brasileiras.

O Deal Maker, Ricardo Bellino, especialista em transformar idéias em negócios, faz parte do seleto grupo de colaboradores da publicação Gazeta Mercantil. Hoje também é o grande responsável pela visibilidade do Coaching no mundo.

Ricardo Bellino é formado pela Sociedade Brasileira de Coaching® e utiliza o processo de Coaching em seus negócios e empreendimentos. O empresário ainda é Conselheiro Estratégico em Empreendedorismo da SBC e promete democratizar o Coaching e levar a possibilidade de crescimento e desenvolvimento, com esse processo, a todos. Ricardo que tem uma grande preocupação e muita responsabilidade social afirma que “Pessoas estimuladas corretamente são grandes potenciais de prosperidade”.

Villela da Matta possui larga experiência em Executive Coaching e Life Coaching, co-desenvolveu o método Personal & Professional Coaching®. É Presidente da Sociedade Brasileira de Coaching®, membro do ICC(International Coaching Council), modelou e teve como mestres os principais Coaches da atualidade como Tad James, Anthony Robbins, Brian Tracy, Wayne Dyer, Zig Ziglair, Perry Zeus e Suzanne Skiffington, e outros. Palestrante Internacional, Psicanalista, Trainer certificado pelo Conselho Americano de PNL e Hipnoterapeuta pelo Conselho Americano de Hipnose Clínica, possui o título de MBA pela Fundação Getúlio Vargas e atuou por 20 anos em empresas do grupo Daylmer-Chrysler e Deutsche Telekom.

V.M.
Jornal Gazeta Mercantil
15/10/2008



sábado, 18 de outubro de 2008

Tubarão

Era muito bom estar de volta a São Luis, capital do Maranhão, depois de um ano, para mais uma versão do Garota Praia Brasil, evento produzido e organizado por Zé Cirilo, renomado colunista social, que reunia belas representantes de todo o país, concorrentes ao título, acompanhadas pelos respectivos colunistas que as indicaram. Um agradável encontro que fazia de São Luis, o palco de VIPS brasileiros, na década de 90.

Naqueles dias a imprensa nacional e internacional noticiara casos de tubarões atacando banhistas em algumas praias do litoral nordeste do Brasil, destacando o caso de um surfista que teve um de seus pés devorados por um tubarão em São Luís.

A imagem sangrenta, desespero e dor do rapaz não me saiam do pensamento, relembrando-me do grande sucesso de bilheteria dos anos 70, dirigido por Steven Spielberg – Tubarão. Imaginem o pânico e, pior ainda, terminar ou ter alguma parte do corpo no aparelho digestivo de uma fera marinha, sem direito à velório, já que não haveria corpo. Que horror!

Ao desembarcar no Aeroporto Marechal Cunha Machado, em São Luís fui carinhosamente recebida por amigos que nos levaram, os demais colunistas recém chegados e eu, diretamente para o hotel. Não resisti e fui logo perguntando:

- É mesmo verdadeira a notícia sobre os tubarões?

- Olha Suzely, disse-me um deles. Você sabe como a imprensa é sensacionalista, desculpem-me vocês, que também são jornalistas. O ano inteirinho o povo daqui come carne de tubarão e nunca se leu uma só linha destacando o fato! Agora só porque um pobre e faminto tubarão comeu um pezinho de um surfista, fazem o maior escândalo! Não é justo com o peixe e muito menos com as nossas belas praias que merecem ser visitadas.

Concordei sobre as praias, principalmente as de Alcântara, que me fascinaram.